Numa estrada poeirenta da Judeia
Ia um menino andando apressado
Para ver um mestre amigo, sua ideia
Vários como ele iam ao seu lado
E meninas do Vale do Jordão
Com seus velzinhos soltos no ar
Traziam pão, vinho e frutos da estação
Para junto das cercanias do mar
E o menino de todos parceiro
As mãozinhas sujas a acenar
Mostrou a figura num outeiro
Um olhar com amor a externar
Ao chegar ao pé do local desejado
O grupo obstado por discípulo grave
A não perturbar o mestre de estado
Pensativo, fez logo ali um entrave
Mas encarnado ali de Deus o amor
Repreende logo do homem a intenção
E louva das crianças o inocente fervor
Tomando em carinho o menino pela mão.
Deixai vir as criancinhas, não as impeçais
Deus vê seus anjos nos céus e sua inocência
Como eles deveis tentar ser e muito mais
Pois eles se entregam com fé à providência
As crianças foram colunas da comunidade
E adultos ainda traziam a pureza da criança
O menino seguiu exemplo de espiritualidade
Em tempos difíceis manteve a esperança.
Como elas devemos ser, esta é a lição
Não entregues a uma infantil ingenuidade
Mas apenas cultivando a doce ambição
De estar sempre junto ao mestre da Verdade.
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