Às vezes olhamos as nuvens
E lá vemos as coisas que estão dentro de nós
Projetamos nas coisas, e no Infinito
Nossos sonhos mais secretos, e desejos
Caminhamos na relva macia
E sentimos sob os pés o corpo inteiro
Banhado no suor das nossas aventuras
Mais íntimas e nossos mais nobres delírios
Ansiamos uns pelos outros,
O outro que habita vorazmente nossos sonhos
Que maneja com crueldade nossa ilimitada
Volúpia de viver
Andamos como loucos
À cata de conchas na praia da vida
Em busca de um som que parece o mar
Mas que é reflexo das nossas próprias
Ansiedades
A linha do horizonte parece tão distante
Mas não tanto quanto nossa distância
Seremos para sempre, uns nos outros,
A vaga centelha de uma fugaz
Lembrança?
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