Paulo tem tido alucinações
Desde que Helena o deixou
Ele a viu sentada sobre uma cisterna
E como água na fonte D'Anjou
Desde que Helena o deixou
Ele a viu sentada sobre uma cisterna
E como água na fonte D'Anjou
Paulo exala Helena por onde vai
E ninguém aguenta mais seus desvarios
A mãe considera interná-lo
Os seus amigos todos sumiram
E ninguém aguenta mais seus desvarios
A mãe considera interná-lo
Os seus amigos todos sumiram
Paulo construiu um altar
Ao Deus desconhecido
Mas colocou nele uma estátua Helênica
Apoiada sobre um pedestal muito pequeno
Ao Deus desconhecido
Mas colocou nele uma estátua Helênica
Apoiada sobre um pedestal muito pequeno
Eu ontem vi Paulo
De braços abertos fingindo ser uma pássaro
Sentado num galho numa árvore no meu quintal
A ramagem entrelaçada formava uma frase
Escrita na língua mais pura da Hélade
E eu nem mesmo sei grego...
De braços abertos fingindo ser uma pássaro
Sentado num galho numa árvore no meu quintal
A ramagem entrelaçada formava uma frase
Escrita na língua mais pura da Hélade
E eu nem mesmo sei grego...
Poesia devia ser sonora e cheia de ritmos e rimas...
Mas já ninguém há que veja Paulo
Eu penso que apenas eu o vejo
Sentado sobre a pedra da minha existência
Mas já ninguém há que veja Paulo
Eu penso que apenas eu o vejo
Sentado sobre a pedra da minha existência
Eu perguntei por Paulo
Uns tantos paulos me apresentaram
Mas deles nenhum era Paulo
Nisto me mandaram procurar por "Apuleio"
Eu acho que tem a ver com asno...
Uns tantos paulos me apresentaram
Mas deles nenhum era Paulo
Nisto me mandaram procurar por "Apuleio"
Eu acho que tem a ver com asno...
Ninguém sabe de que Paulo eu falo
Como se Paulo nunca tivesse existido
E por um tempo pensei que eu era Paulo
Até que no espelho eu vi...
os olhos cintilantes de Helena!
Como se Paulo nunca tivesse existido
E por um tempo pensei que eu era Paulo
Até que no espelho eu vi...
os olhos cintilantes de Helena!
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