terça-feira, 4 de novembro de 2014

Sobre a Felicidade

Um dia me pediram para definir a felicidade, como se algo assim pudesse ser definido. A gente pode encher páginas e páginas com aquilo que a gente pensa da felicidade, e mesmo assim mal ter arranhado o significado dessa coisa.

Como eu disse, me pediram para defini-la e eu disse que não poderia dar uma definição, mas poderia tatear em volta dela, sentir seu gosto e aspirar sua flagrância e que eu poderia, ainda que de longe, sentir o calor suave e brisa mansa que ela proporciona.

Felicidade é viver. Nem que seja por um dia, um minuto que fosse, pois estar vivo ainda é maior do que qualquer outra coisa que você possa imaginar!

Felicidade é experimentar, nem que seja a possibilidade de experimentar algo, nem que seja a simples sugestão de poder experimentar. Para além de qualquer outra definição, viver é uma experiência. Única, sublime e cheia de coisas que você não entenderia se não estivesse vivo!

Felicidade é amar, mesmo que não correspondido, pois o amor é um tesouro oculto e bem lacrado que surge no mais profundo interior e, algumas vezes, encontra o caminho para fora e torna o mundo um lugar que "valeu a pena" apenas pelo potencial que tem de ser o palco em que vida exala amor sublimando um encantamento chamado felicidade.

Felicidade é sofrer, porque o sofrimento nos afasta de todas as outras ilusões e torna real a ilusão da felicidade por criar em nós o carinho pelas coisas que, ainda que pequenas, ainda que ridiculamente comuns, conquistamos, vivemos e experimentamos nas profundezas da nossa mente.

Felicidade é saber que uma coisa tão enigmática e etérea quanto a felicidade existe e que ela é possível apenas pelo fato de podermos pensar nela.

Felicidade é poder falar em felicidade, e falando experimentar um milhão de coisas belas e sublimes dentro desse mundo desconhecido e cheio de realidades fantásticas que é a nossa mente.

E não precisa encher páginas e páginas...

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