sábado, 5 de setembro de 2015

Olhai os Lirios do Campo

Olhai os lírios do campo que não plantam nem colhem
Olhai à distância segura os que matam e destroem
O campo foi plantado, mas a planta que nasceu era espúria
Em vez de lírio, nepentes e serpentes cheias de fúria!

O lírio é símbolo evangélico do cuidado de Deus
Mas as ervas daninhas só pensam no cuidado dos seus
Interesses mesquinhos e formas de se darem bem
Enquanto as massas só sabem dizer seu  cego “amém!”

Do alto da rocha investem em um novo discurso
Enquanto tramam pelas costas dar seu abraço de urso
Nas palavras e nos gestos são exemplos de pura justiça
Mas seu coração está cheio de engano e pleno de cobiça!

Olhai os lírios do campo que não fiam e nem tecem
Que de dia mostram seu brilho e de noite fenecem
Os lírios não cuidam de plantações ou do estio
Nem de adubos ou de mudar o curso de algum rio

Olhai as aves dos céus  que ignoram os meios de produção
E dentre elas as que fazem da carniça sua alimentação
Então entendereis dos homens gananciosos a eterna luta
Que arrasta todos nós num ciclo que o mal por mal permuta!

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