As ruas estão cheias de pessoas e as pessoas estão cheias de sonhos
Mas os sonhos estão vazios de ternura, pois a voz do coração
Já não é mais a voz corrente das Ruas!
Nos altos escalões alguém já nos convocou
Para as lutas e labutas de uma lista infinda de metas e setas
De tanta injustiça que já não sabemos mais se
Justiça é coisa certa ou a curva do ar nas cúpulas
de todas as nossas Catedrais corruptas...
Somos um corpo compacto que enche as ruas com gritos e algazarra
Da fila gigantesca de gente segue uma linha de sangue e detritos
Quando a avalanche de gente encontra o fluxo contrário de gente
Que é gente como a gente mas foi feita outra gente
Pela faixa que mancha a testa e o colorido marcante da camisa
E já não encontramos no outro o mesmo que a gente
Mas fomos feitos ramos divergentes e alto-excludentes
Do que fora antes a raça humana...
E os que ganham com o rosnar das feras
Atentam apenas para o desocupar dos tronos
Sai rei, entra rei e continuamos
Tão desamparados quanto antes
Que tivessem roubado nossa capacidade de pensar.
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