domingo, 13 de março de 2016

A Guerra Santa

A mão afaga, carcomida, a terra encharcada da vida que corria em nossas veias
A carne imóvel sobre a carne destruída e a sombra  embala com ardor os ossos brancos de todas as suas vítimas
A morte encheu o coração de quem na ignorância acolheu a insanidade da violência como a única saída
Das contradições que sufocam ao seu redor
Busca na palavra da religião, sem a razão, mas a razão
Se foi com a dor da contradição
Sobem aos ares os gases das carnes em decomposição
Que deus aceitaria essa oferta e cheiraria esse macabro incenso?
Que deus tem prazer nessa mórbida atividade?
Um deus que nutre-se da obscuridade que campeia pelas linhas obscuras que existem no fundo da natureza [quase] humana
Um insano desejo ancestral que é medo e ignorância
Uma fera que se esconde nas sombras da nossa natureza selvagem...

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