segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Opressão

Poderosos cruzam espadas
Sobre a garganta dos homens oprimidos
De uma lado a outro da Terra o sangue
Encharca o solo cansado de trabalhos..

Desde que inventaram a hierarquia de um homem
Sobre outro selaram o Fado e o Destino
Sempre haverá almas no curral e Bestas insanas

Colhendo o suor dos pobres pelo Caminho.

Um Reformador sobre o túmulo de outro
Se levantará e duas vezes a opressão hasteará
Seu negro pavilhão em triunfo.

Do Oriente veio a Luz e a Moralidade seguiu
Mas o ideal é o pálido eflúvio da cerração
Sobre belas palavras os doutos ergueram
Belos túmulos onde jazem consciências e corações...

Na marcha insana a Humanidade caminha
De um passado de sombras a um futuro de sonhos
Sempre adiante enxergando a Fortuna
Vestida nas vestes da plena Igualdade

Mas a Bela desejada é um sonho encantado
É o brinquedo inerte que ilude o neonato...

Das cinzas se erguem pesados
Os fardos de há muito esquecidos
Escravizam a mente e o corpo
E deixam a casca vazia, inerte.

Enquanto nos palácios se ouve os cantos de festas
Um festim em que se servem sangue e carnes
Da multidão dos famintos...

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