O vento passeia tranquilo pelas ruas vazias
Abraçado à ébria e andrajosa madrugada
Enquanto a areia escoa no relógio sobre a mesa.
Longe os cães ladram enchendo a noite
Com a voz esganiçada de espectros sombrios.
Em todas as estradas vagam terrores e antigos fantasmas
O frio cinzento lustra as pedras solitárias.
Sonhos ecoam no ar como névoas fossilizadas
Das mentes dos homens ectoplasma...
Nas árvores as folhas dançam enlevadas
Num canção silenciosa de cicios tristes e esquecidos
São as horas estranhas da busca perdida
O espasmódico desejo de plasmar-se à adormecida humanidade.
A anciã caminha indecisa para o inevitável cadafalso
Lúgubre coração dos desejos não calados e das promessas
De prazeres e orgias incompletas...
Sente na face enrugada o bafejo quente da mal proclamada aurora.
Todos os seres fantásticos que povoam esse hiato
Correm em desabalado frenesi sentindo nas carnes
O transitar lúdico do álcool e seus inebriantes vapores.
A vaga inspiração ajoelhada corre os dedos adormecidos
Pelas contas incrustadas desse seu Terço tardio...
O murmúrio rouco impregnado da antiga oração:
De Profundis Clamavi... Pater Nostrum... absconditus...
Num jargão tergiversado de quem nunca adentrou o Átrio.
Nos bosques o gênio afia a cega cimitarra
E as lágrimas escoam nos sulcos profundos da face
Insaciada e tremula...
Ao pisar quase sem forças os degraus sente
Apesar da pressa do Carrasco,
Os últimos lampejos oníricos da noite.
Longe as terras são lambidas pelos primeiros beijos
Da jovem que vai nascendo carregada de carinhos.
E a cimitarra brilha com os primeiros raios da manhã.
Abraçado à ébria e andrajosa madrugada
Enquanto a areia escoa no relógio sobre a mesa.
Longe os cães ladram enchendo a noite
Com a voz esganiçada de espectros sombrios.
Em todas as estradas vagam terrores e antigos fantasmas
O frio cinzento lustra as pedras solitárias.
Sonhos ecoam no ar como névoas fossilizadas
Das mentes dos homens ectoplasma...
Nas árvores as folhas dançam enlevadas
Num canção silenciosa de cicios tristes e esquecidos
São as horas estranhas da busca perdida
O espasmódico desejo de plasmar-se à adormecida humanidade.
A anciã caminha indecisa para o inevitável cadafalso
Lúgubre coração dos desejos não calados e das promessas
De prazeres e orgias incompletas...
Sente na face enrugada o bafejo quente da mal proclamada aurora.
Todos os seres fantásticos que povoam esse hiato
Correm em desabalado frenesi sentindo nas carnes
O transitar lúdico do álcool e seus inebriantes vapores.
A vaga inspiração ajoelhada corre os dedos adormecidos
Pelas contas incrustadas desse seu Terço tardio...
O murmúrio rouco impregnado da antiga oração:
De Profundis Clamavi... Pater Nostrum... absconditus...
Num jargão tergiversado de quem nunca adentrou o Átrio.
Nos bosques o gênio afia a cega cimitarra
E as lágrimas escoam nos sulcos profundos da face
Insaciada e tremula...
Ao pisar quase sem forças os degraus sente
Apesar da pressa do Carrasco,
Os últimos lampejos oníricos da noite.
Longe as terras são lambidas pelos primeiros beijos
Da jovem que vai nascendo carregada de carinhos.
E a cimitarra brilha com os primeiros raios da manhã.
Escrito íntimo de um insone coração que resvala da noite para o dia nessas ínfimas letras às 4 horas da manhã.
Nenhum comentário:
Postar um comentário