A um passo ele não refletiu
E lançou-se na dança proibida
Era a natureza e o norte...
A fome, dizem, é o melhor tempero,
Mas a ânsia faz o homem ignorar o paladar
E o doce aroma sonhado evola-se desconhecido...
Ilude a capa indigesta da cultura
A ilusão de não rastejar fundo
Como todas as outras criaturas...
E o gosto amargo da mente enlouquecida
Permanece como uma ferida aberta, purulenta,
Exigindo um reparo impossível.
Certas flores dão mais que a simples pétala adocicada
Há nelas um quê de aroma indelével que flui
Da terra sedenta rumo à abobada atmosférica.
Mas o mulo humano, tosca criatura,
Deixa o aroma e a cor que deleitam a alma
Posto ser dela deficiente.
E age no puro instinto da besta,
Esquecendo o poder que se faria
Nele a mais argêntea das virtudes
E transformando um deformado
Naquilo que os homens chamam
Por falta de palavra mais elevada,
Natureza humana...
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