E lá estavam as águas
Refletindo, doces, o INFINITO
Sobre elas belos passáros adejavam
Me dizendo tanto em tão poucos sons
Coisas ocultas no fundo da alma,
Águas que são tão mal compreendidas
De uma beleza e profundidade nunca medidas
Pois todos os que por ali paravam, cismando,
Viam apenas suas próprias imagens
refletidas naquelas águas ...
Então num mero segundo, livre de pesares
Adentrei essas águas tão solícitas
E mergulhei num turbilhão invisível
Que me deixou isento de todos os meus enigmas...
E fomos uma só massa, liquidos
Na euforia das águas e águas
Na euforia das águas e águas
Uma só substância, amalgamados
Numa clara manhã de vida em morte,
Junto com os pássaros, o céu
E livre de todos os desesperos,
Na memória...
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