quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Eu sigo

Eu sigo a luz dourada do último raio de sol
Acariciando em sua despedida as faces dos vales
E permitindo às sombras que mergulhem
Nas águas calmas dos lagos e sinuosidades dos rios
Quando as árvores alegres e matreiras dizem
Seus últimos versos ao anoitecer, rodeadas
Pelo canto dissonante das aves e pela
Balada ancestral sussurrada pelo vento
Eu sigo,
E a luz pálida da lua, refletida nos ladrilhos
Da minha casa de paixões e ternuras
Inunda minhas velhas aspirações de um certo desejo
Antigo, e amealhado de zombeteiros pensamentos
Que levam a última chama da minha ilusão
Racional aos vales áridos onde minhas alma
Acampa rodeada de velhos e novos espíritos
Todos eles esquecidos pela nova gente
Que jorra de todas as tocas e das cavernas
Artificiais, onde o mundo toca uma reverberante
Canção que me afugenta, e me faz desejar
A solidão das imensas pradarias dos meu mais
Ilegítimos sonhos...
Eu sigo.

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