sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Sobre Organizações Terroristas e Fragmentação Nacional


Se as pessoas do mundo fossem indagadas sobre a face mais clara do mal, eu não tenho dúvida que lá nos primeiros lugares estaria o ESTADO ISLÂMICO. Ele e seus congeneres TALIBAN e BOKO HARAM são o que de mais "aplicado" existe em fanatismo e loucura homicida.
Houve época em que a gente ouvia falar em terrorismo como coisa distante, até que em 2001 ele se tornou global. Mas a AL Qaeda representava um terrorismo algo esclarecido, menos sanguinário. A ponto de muita gente questionar se as notícias não eram mera invenção da CIA. O EI não é assim, ele mesmo faz questão de cinematografar suas atrocidades. De qualquer modo, o crescimento dessas organizações mostra, pelo menos para mim, a importância dos Estados modernos organizados, mesmo que não sejam democracias no sentido ocidental.
O TALIBAN, esse sim cria da CIA (e do RAMBO...) cresceu e se firmou num estado dividido entre lutas tribais e a dominação soviética. Bin Laden, treinado pela CIA, mais tarde se voltou contra seus benfeitores e criou a AL QAEDA .
Os americanos, -sempre os americanos!- na sua luta contra a Al Qaeda e na sua ânsia por petróleo, destruiram as frágeis bases da estabilidade no oriente médio. Da fragmentação de nações, e da AL Qaeda, surgiu o Estado Islâmico.
O Boko Haram surgiu na Nigéria, e nem preciso falar da instabilidade de boa parte das repúblicas africanas, herança do período imperialista europeu. Instabilidade por questões de herança tribal e divisão de terras e povos, de religiosidade autóctone, de fragmentação importada pelas religiões impostas por conquistadores, entre tantas outras coisas.E não é de espantar que o BH tenha se aliado ao EI, ambos têm a mesma sede por sangue e o desejo de implementar a sua versão radical da Sharia no MUNDO TODO.
Para nós fica a lição de valorizar nossa nação e nossa democracia ainda imperfeita. Na periferia da nação existem candidatos ao poder. São os poderes paralelos do crime, do fanatismo religioso e das ideologias marginais.

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