domingo, 1 de novembro de 2015

História das Histórias de Poder

Bata na pedra! Bata na pedra três vezes!
E a voz oculta na rocha talvez te conte
Uma história que remonta a muitos meses
E revele no fim deste mal todo a fonte!

Começou num sonho ingênuo de idealismo
Que certo homem soube bem aproveitar
Fazendo do leve tremor um grande sismo
E da lagoa pequena a face do grande mar

O ideal precisa de certa dose de cegueira
Pois a vida se erige de um modo muita variável
O idealista necessita ter uma meta certeira
Fazendo de cada ponto um dogma inegociável

Desta forma o ingênuo idealista é laçado
O caçador muito bem seu discurso formula
E o tolo por seu coração é logo forçado
Em direção à armadinha que seu ideal emula

Foi assim no início da tomada de poder
Um homem esperto seu séquito conquista
Com palavras doces para seu dote obter
Mas o real intento deixa bem longe da vista

A luta é, como todas as desse tipo, sangrenta
Mas uma vez estabelecido no alto do castelo
O conquistador muda o foco e logo afugenta
Àqueles que antes foram seu seguro flagelo

Então a conveniência das leis de poder ensina
Embora manter o discurso ainda seja prudente
A ter sempre a boiada suspensa por densa neblina
Pois o idealista é acima de tudo o mais fiel crente!

A pedra encerra nesse ponto a sua história
É certo que parece apenas discurso de moral
Sem lances emocionantes e cheios de glória

Mas é assim o poder, essa semente do mal!

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