Bata na
pedra! Bata na pedra três vezes!
E a voz
oculta na rocha talvez te conte
Uma
história que remonta a muitos meses
E
revele no fim deste mal todo a fonte!
Começou
num sonho ingênuo de idealismo
Que
certo homem soube bem aproveitar
Fazendo
do leve tremor um grande sismo
E da
lagoa pequena a face do grande mar
O ideal
precisa de certa dose de cegueira
Pois a
vida se erige de um modo muita variável
O
idealista necessita ter uma meta certeira
Fazendo
de cada ponto um dogma inegociável
Desta
forma o ingênuo idealista é laçado
O
caçador muito bem seu discurso formula
E o
tolo por seu coração é logo forçado
Em
direção à armadinha que seu ideal emula
Foi
assim no início da tomada de poder
Um
homem esperto seu séquito conquista
Com
palavras doces para seu dote obter
Mas o
real intento deixa bem longe da vista
A luta
é, como todas as desse tipo, sangrenta
Mas uma
vez estabelecido no alto do castelo
O
conquistador muda o foco e logo afugenta
Àqueles
que antes foram seu seguro flagelo
Então a
conveniência das leis de poder ensina
Embora
manter o discurso ainda seja prudente
A ter
sempre a boiada suspensa por densa neblina
Pois o
idealista é acima de tudo o mais fiel crente!
A pedra
encerra nesse ponto a sua história
É certo
que parece apenas discurso de moral
Sem
lances emocionantes e cheios de glória
Mas é assim
o poder, essa semente do mal!
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