Numa montanha gelada e morta havia uma flor solitária
Que dia e noite sonhava encontrar as luzes que via
As do céu nas noites limpas, e as da terra em noites sem neblina
Para ela todas essas luzes eram estrelas!
De vez em quando ela soltava uma pétala em direção ao infinito
Pensava que ela podia um dia alcançar uma dessas estrelas
E fazer com que a luz que tanto admirava viesse
Subir as pontiagudas escarpas, e adentrar as densas nuvens
Que o cimo da montanha às vezes escondiam.
A flor não se lembrava de quando não existira
Ela se encolhia entre as rochas nas longas noites de inverno
E punha-se ao sol majestoso quando a primavera chegava
Mas no monte, seja nos dias claros ou escuros, tudo era sempre solitário.
Um dia a flor soltou sua última pétala rumo às luzes lá embaixo
E os dias passaram sem nada acontecer
A flor não suportava mais a solidão e a sua tristeza era tanta
Que ela começou a perder suas cores e a murchar lentamente
A cada segundo ela via o céu e a terra e a cada visão soltava uma lágrima
Mas olhando essas lágrimas ao vento ela via que não eram lágrimas
Mas estranhas pedrinhas escuras
Ela sentia muito sono e ia murchando em direção à fresta de onde nascera
Até ser engolfada pela escuridão das rochas e cair num sono sem sonhos.
Os dias foram e voltaram e as estações mudaram de roupa.
Uma dia ela acordou com um som que enchia a montanha, mas não quis abrir os olhos. Havia vozes, muitas vozes e todas cantavam, mas ela não quis olhar. Caiu uma chuvinha e encheu suas raízes de vida. Sem querer, a flor foi subindo, crescendo até se tornar uma planta robusta.
Mas ela mantinha os olhos fechados. A música continuava, e havia risos.
Então algo pousou sobre ela e não podendo mais segurar, ela abriu seus olhos. E viu uma flor que voava, uma borboleta. E quando olhou ao redor não quis mais encontrar as estrelas.
A montanha estava coberta de flores e de uma manta verde cheia de vida. Não se viam mais as pedras pontiagudas e as frestas escuras.
Onde cada lágrima caiu, nasceu uma árvore cheia de vida, e em cada árvore, um mundo.
E o mundo, depois de tantas lágrimas, nunca mais foi o mesmo.
Nem a flor soube mais o que era estar sozinha.
Que dia e noite sonhava encontrar as luzes que via
As do céu nas noites limpas, e as da terra em noites sem neblina
Para ela todas essas luzes eram estrelas!
De vez em quando ela soltava uma pétala em direção ao infinito
Pensava que ela podia um dia alcançar uma dessas estrelas
E fazer com que a luz que tanto admirava viesse
Subir as pontiagudas escarpas, e adentrar as densas nuvens
Que o cimo da montanha às vezes escondiam.
A flor não se lembrava de quando não existira
Ela se encolhia entre as rochas nas longas noites de inverno
E punha-se ao sol majestoso quando a primavera chegava
Mas no monte, seja nos dias claros ou escuros, tudo era sempre solitário.
Um dia a flor soltou sua última pétala rumo às luzes lá embaixo
E os dias passaram sem nada acontecer
A flor não suportava mais a solidão e a sua tristeza era tanta
Que ela começou a perder suas cores e a murchar lentamente
A cada segundo ela via o céu e a terra e a cada visão soltava uma lágrima
Mas olhando essas lágrimas ao vento ela via que não eram lágrimas
Mas estranhas pedrinhas escuras
Ela sentia muito sono e ia murchando em direção à fresta de onde nascera
Até ser engolfada pela escuridão das rochas e cair num sono sem sonhos.
Os dias foram e voltaram e as estações mudaram de roupa.
Uma dia ela acordou com um som que enchia a montanha, mas não quis abrir os olhos. Havia vozes, muitas vozes e todas cantavam, mas ela não quis olhar. Caiu uma chuvinha e encheu suas raízes de vida. Sem querer, a flor foi subindo, crescendo até se tornar uma planta robusta.
Mas ela mantinha os olhos fechados. A música continuava, e havia risos.
Então algo pousou sobre ela e não podendo mais segurar, ela abriu seus olhos. E viu uma flor que voava, uma borboleta. E quando olhou ao redor não quis mais encontrar as estrelas.
A montanha estava coberta de flores e de uma manta verde cheia de vida. Não se viam mais as pedras pontiagudas e as frestas escuras.
Onde cada lágrima caiu, nasceu uma árvore cheia de vida, e em cada árvore, um mundo.
E o mundo, depois de tantas lágrimas, nunca mais foi o mesmo.
Nem a flor soube mais o que era estar sozinha.
Nenhum comentário:
Postar um comentário