Pousou a flor
delicadamente sobre a mesa
Como o único pedido de desculpas que conhecia
E deixou perdido ali do lado numa folha de papel
As linhas tremidas e borradas pelas lágrimas
De um doloroso "adeus".
O dia claro iluminava a rua cheia e vazia
Iam rostos e faces para lá e para cá
Na monotonia que são todos os dias
Em que a rotina corta um pouco da vida
Com o olhar perdido num dia do passado
Desceu o breve lance de escadas
Mal sentindo o vento fresco que soprava
Ou a alegria inocente do cãozinho a seus pés
Sofrera muitas perdas na vida
De pais, irmãos, sonhos e crenças
Mas nunca imaginara a perda
Da própria vontade de viver
Os passos lentos levaram-no aos limites
Da pequena cidade perdida
E aos poucos foi se afastando de toda a sua vida
Deixando na poeira da estrada de terra
Mais que marcas de sapatos baratos...
Deixava ali a última certeza de que um
Homem existiu num dia qualquer
E que entre tantas incertezas e dores
Tentou não naufragar na lama.
A tarde desceu melancólica
Nas copas das árvores frondosos
Ouvia-se o estalar brando dos galhos
E o estranho murmurar da corda esticada
Sob ela um vulto balançava
Dando pequenas voltas no ar
Apenas um pouco mais vazio
Do que quando chegara ali...
Como o único pedido de desculpas que conhecia
E deixou perdido ali do lado numa folha de papel
As linhas tremidas e borradas pelas lágrimas
De um doloroso "adeus".
O dia claro iluminava a rua cheia e vazia
Iam rostos e faces para lá e para cá
Na monotonia que são todos os dias
Em que a rotina corta um pouco da vida
Com o olhar perdido num dia do passado
Desceu o breve lance de escadas
Mal sentindo o vento fresco que soprava
Ou a alegria inocente do cãozinho a seus pés
Sofrera muitas perdas na vida
De pais, irmãos, sonhos e crenças
Mas nunca imaginara a perda
Da própria vontade de viver
Os passos lentos levaram-no aos limites
Da pequena cidade perdida
E aos poucos foi se afastando de toda a sua vida
Deixando na poeira da estrada de terra
Mais que marcas de sapatos baratos...
Deixava ali a última certeza de que um
Homem existiu num dia qualquer
E que entre tantas incertezas e dores
Tentou não naufragar na lama.
A tarde desceu melancólica
Nas copas das árvores frondosos
Ouvia-se o estalar brando dos galhos
E o estranho murmurar da corda esticada
Sob ela um vulto balançava
Dando pequenas voltas no ar
Apenas um pouco mais vazio
Do que quando chegara ali...
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