quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Determinismo


Fugir para onde?
Se me deixei acorrentar
Com correntes tão fortes
Que Sansão hesitaria em tentar quebrar?

Como são fortes esses laços da mente!
Essas coisas que aceitamos como os deuses
A sua Moira resignados aceitavam

É viver e saber que não vive
É fingir ser dono de si
Como se as folhas secas
Comandassem o vento que as leva!

Você diz que faz isso ou aquilo
Mas é hábito, medo e servidão
Quem escolhe o próprio caminho?

Não me vejo capaz de resistir
Ao pensamento determinista
Tudo está escrito Maktub!
Nos arcanos insólito do acaso
Nas ordens matemáticas
Dos padrões aleatórios...

Somos todos escravos
Das cadeias que criamos.

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