
Ela acredita e luta para que os outros acreditem porque ela DESEJA que aquilo seja assim. É por isso que muitas vezes encontramos gente inteligente que crê em absurdos claros, a ilusão, nesse caso, é
manifestação do seu desespero diante da realidade, ele se abriga na ilusão.
A fé, portanto, nesses casos, é a projeção do desejo.
Esse desejo projetado cria uma zona de conforto psicológico e torna a vida mais suportável. Ela cria um "selo" no imprevisível e esse selo é a marca de suas aspirações.
A fé, como projeção do desejo, cria a "realidade", ou seja, inunda o que é percebido do mundo externo com a "luz" do desejo. Isso molda a forma como a pessoa vê as coisas e como ela interpreta os fatos do mundo.
Daí vem a explicação de porque a pessoa continua defendendo aquilo que é claramente um erro, uma falha grotesca no seu pensamento.
"Libertar" uma pessoa, nesse sentido, só é possível quando ela assume que seu sistema de visão pode ser falho e começa a agir internamente para derrubar sua "muralha".
Poucos de nós não acalentam ilusões, somos desde a infância programados para ter uma certa visão de mundo, para ver "funções" nas coisas e nos eventos, somos seres altamente animistas e não suportamos facilmente uma explicação que não seja teleológica.
Nossa existência cumpre uma função biológica muito clara e nossas ilusões são apenas estratégias que criamos para continuar vivendo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário