quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Palavras


Quando eu disser algo
Não lance sua sombra sobre o que digo,
O sentido exato das minhas palavras
Foge distante com um lobo ferido...

O que eu disse só pode ser entendido
Com o que eu disse antes,
O resto é preconceito, distância...

Minhas palavras não são apenas desvarios
São pulsos do meu coração...
Leia-as com o que sou e encontrará nelas
Pedaços perdidos de sonhos e lendas
Flutuando flácidas com a bruma da manhã...

Elas fluem tépidas pelas ruas da vida
Como esquecidas criaturas
E velhos sátiros cheios de prazeres perdidos
Andando sonolentos e embriagados
Procurando cantos úmidos e quentes...

Rejeitadas pelos léxicos dogmáticos
E pelos fluxos de lava das orações absolutas
E absolutistas...

Palavras...tantas palavras, só palavras
e ações inesperadas!

Mas palavras, apenas palavras
Levadas pelo vento...

Nenhum comentário:

Postar um comentário