quarta-feira, 24 de outubro de 2012

O Gato

Esse é um conto de inspiração picaresca (Dom Quixote, Memórias de um Sargento de Milicias, Cândido, O Grande Mentecapto). É humor  Eu sei que alguns de meus colegas desejariam mais um personagem heroico que desse mais "dignidade" à função (na verdade já fiz isso: Conto Guarda Metropolitana. Um dia, prometo, escrevo uma descrição mais real. Esse, por enquanto, é só diversão, nada mais. Humor sem maiores pretensões. 

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O Gato

Pouca gente sabe, mas entre os estados de São Paulo e Paraná existe um pequeno estado chamado Ibipé. Ibipé é tão obscuro que só aparece em mapas produzidos em sua própria região ou comprados, por alguma razão ainda mais obscura, em Brasília.

“Ibipé”, segundo os especialistas da orgulhosa ALI (Academia de Letras de Ibipé) vem do Tupi “Ibi Pi”, terra do pé. Não demorou para que “pi” virasse “pé”, coisas do povo. O estado recebeu esse nome porque seu formato lembra um pé com o calcanhar para o atlântico e o dedão tentando alcançar o Paraguai.

Eu gostaria muito de me estender falando dos recursos naturais de Ibipé, da demografia, da cultura e de todo o resto, mas isso aqui é um conto e não um artigo científico. Se alguém ainda está curioso faça o seguinte: divida São Paulo por três, e multiplique por meio Paraná vezes Pi ao quadrado por sete, o resultado deve ser, mais ou menos, Ibipé. Se isso não for suficiente, consulte a Barsa, adição de 1986, no verbete “cotovelo”, na nota de rodapé...

Preciso acelerar senão perco os leitores. A capital de Ibipé é Babaquaraoca. Cidade de um milhão e meio de habitantes incrustada no primeiro planalto, com clima insólito e população mista.

Babaquaraoca tem sua Guarda Urbana, que, segundo os babaquaraenses, tem mais de cem anos de história, coisa difícil de provar porque o primeiro concurso se deu em 1992. Em 1995 foi realizado o segundo concurso para guarda urbano. Entre os aprovados estava Rolando Frestas de Albuquerque, o sujeito dessa história, ufa!

O Subinspetor Toshiba, homem sério, segunda geração de imigrantes japoneses, responsável por escolher os nomes de guerra dos novos GU, coçava o queijo indeciso. Deveria escolher “Rolando” ou “Frestas”? Depois de alguns minutos de suprema agitação mental resolveu utilizar uma antiga técnica familiar para os momentos de indecisão, a técnica do cara ou coroa. Fechou os olhos e lançou uma moeda de dez centavos, mas o fez com tanta força que a moeda bateu no teto, repicou na ponta da mesa e voou pela janela. Toshiba correu para a janela a tempo de ver a moeda rebelde rolando pelo pátio e parando, em pé, numa fresta entre as pedras do calçamento de paralelepípedo. Não tinha mais dúvida, os deuses tinham escolhido, ficou GU Rolando Frestas!

Sobre Rolando Frestas não há muito o que dizer, considerando a vidinha medíocre que levara até ali e o tipo “ bagre ensaboado” que ele mesmo era. Vidinha que mudou um pouco com sua conquista.

Rolando tinha 23 anos, era filho de um lavrador que emigrara do norte do estado e de uma costureira de Minas Gerais. Era o caçula de seis irmãos. E mais nada, só isso.

Passou despercebido pelos três meses de formação, não era visto, portanto não era lembrado. No fim dos três meses veio a formatura, a mãe chorou e o pai quase sentiu uma pontada de orgulho, logo reprimida, pois o velho conhecia muito bem o seu rebento.

E de novo lá estava a ficha do Rolando nas mãos do subinspetor Toshiba, agora responsável por distribuir os novos GUBs pelos postos de trabalho. Ele coçava o queijo tentando lembrar quem era o sujeito. A única coisa que lhe vinha à mente era a moeda. Pensou em utilizar o mesmo método, mas desistiu, porque para ele quando as “Forças” davam uma resposta essa resposta era a única até que não tivesse mais aplicação. Olhou para o mapa dos postos. Rolando Frestas, Capão Redondo, decidiu.

Rolando Frestas foi lotado numa escola municipal nos limites da vila de Capão Redondo, lá na ponto sul da cidade, armado apenas com uma tonfa e uma caneta Bic com o logo da Prefeitura.

“Urbanidade” disse o prefeito João Leitão no seu discurso durante a formatura da “Segunda Turma de Guardas Urbanos de Babaquaraoca”. “Urbanidade” significava, para aquela administração, “asseio, sorriso e quepe na cabeça”. “Segurança é dever do Estado”, não cansava de dizer o prefeito.

“Se é isso que eles querem”, pensou nosso herói, “é isso que eles terão”.

O problema é que Capão Redondo não era exatamente um local com muita “urbanidade”. Era considerado um dos bairros mais perigosos da cidade. O bairro era, para fins de criminalidade, dividido em duas “zonas”, A Sul, dominada pela gangue do Dentinho, uma magrela sardento com incisivos que teimavam em ficar fora da boca, mesmo, raramente isso acontecia, quando ela estava fechada. A zona Norte era dominada pelo Omão (de “Salomão”), um sujeito grandalhão e mal encarado que recendia  urubu em dia de carniça.

Infelizmente para nosso herói, a escola era, exatamente, o limite entre os dois territórios. O muro oeste exibia as marcas “artísticas” típicas da trupe do Dentinho.  O muro do Leste era adornado de forma semelhante pelos artistas do Omão.  Para um leigo as marcas eram iguais em ambos os muros, mas os artistas juravam que cada qual exibia seu estilo próprio. Reconheçamos, tanto Dentinho quanto Omão eram “modernistas” na arte da pichação,

Sabedor disso Rolando procurou “ficar na sua”, afinal de contas “segurança é dever do estado”. Entrou pelos portões da escola com a firme resolução de sair de lá só ao final do expediente e já pensando mil formas de se eximir de tudo o que não fosse sua “competência”, sejamos sinceros, e do que fosse competência também.

Os primeiros dias foram os “dias da investigação”, era necessário conhecer tudo, todos. Falar o dialeto local e mimetizar os indígenas. Frestas levava isso muito a sério, para ele era uma arte, a sublime arte de ser liso como a baba do quiabo!

Mas ser liso exige algum trabalho. O ápice da “lisura” era ser sem parecer, pois “o liso com fama foge de tudo, mas nada alcança”, filosofava.
Não muito tempo depois, usando sem economia suas técnicas, Rolando reinava supremo na escola. Ele não era exatamente desonesto, mas não tinha pudor de usar alguns expedientes para, dizia ele, “melhorar o passadio”.

Engordou cinco quilos, nem parecia o mesmo. As faces inchadas ajudaram a compor seu personagem de bonachão enquanto ele aplicava a lei do jacaré, ou seja, movimente-se pouco que a comida vem na boca.

Fome não passava. No recreio juntava a piazada e jogava Bafo e Búlica valendo o lanche que eles traziam. Rapelava a molecada e ainda saía como o Herói.

Um dia passando pela cantina reparou que a merenda até que era caprichada. O problema é que só as crianças podiam comê-la. Começou a cortejar a merendeira, dona Mariluce, uma solteirona vermelha e mal humorada. Num dia abriu a porta para ela, no outro se ofereceu para jogar o lixo da cantina, trabalho que ele habilmente passou para uma das crianças. Um dia elogiava o cabelo, no outro eram os olhos. Ela baixou a guarda tocada pela vaidade ressurreta. No princípio ele recusou alguns quitutes, mas logo tinha o “seu” preparado de modo especial e longe dos olhos da diretora. Se bem que a diretora já tinha sido conquistada também. Nosso herói achava que uma mulher na posição da diretora não podia andar por aí com o carro sujo. Para tanto se ofereceu para lavar o carro uma vez por semana e sem cobrar nada. Ganhou a mulher, mas quem lavava o carro mesmo eram os alunos da quarta série. Psicologia Tom Sawyer, nunca falha.

Ócio e comida em excesso e logo nosso herói teve que fazer dieta. “Muita salada” disse o médico.

Ofereceu-se para cultivar uma horta na escola, “educação ambiental”, disse. E duas vezes por semana levava um grupo de alunos para trabalhar na horta. Ele, abancado numa cadeira de praia, lia a última edição do Disney Especial, enquanto a piazada suava ao sol.

Num outro dia nosso herói estava lagarteando ao sol quando uma cena pitoresca chamou sua atenção. Um gato subia correndo a rua com um cão em seu encalço. Por um momento o felino rodou pela rua buscando um escape. O perseguidor mordia o ar ferozmente.

“Esse já era” pensou Rolando.

Num terreno em frente um outro cão bem maior que o primeiro latia desesperado. O gato deu um salto sobre uns tambores de lixo e levantou as orelhinhas em direção ao cão preso enquanto o perseguidor tentava alcançá-lo.

Num lance inusitado o gatinho saltou das latas e correu na direção do cão preso. O outro cão foi atrás dele. O gato passou entre os vãos da cerca e seu perseguidor foi atrás. Ele até que era um cão bem pequeno, mesmo assim passou pelo vão com alguma dificuldade.

“Agora acabam com ele” pensou Rolando já bem excitado com a possibilidade de salvar o gatinho.

Num momento que pareceu um século o cão preso fitou o gatinho com as presas salivando, mas logo sua atenção se voltou para o invasor. Nesse instante o cão perseguidor já tinha percebido que passava de caçador a caçado e tentava sair por onde entrara. Entre caçar e defender o território, vence o segundo, pois sem ele não há o primeiro.

Enquanto os cães brigavam o gato saiu tranquilamente sem olhar para trás.

“Eis aí uma lição importante” anotou mentalmente Rolando.

Seis meses escoaram pelo ralo do tempo desde esse episódio.

Rolando, agora mais dedicado, seja pelo tédio de nada fazer ou por uma mudança de mentalidade, não sabemos ao certo, estava fazendo uma ronda pelos corredores da escola quando percebeu, ao olhar por uma janela que dava para o pátio, a diretora chegando com uma caixa de lâmpadas nos braços.

Era coisa certa para ele que a Diretora lhe pediria para fazer as trocas, mas nesse dia ele estava meio “indisposto” e achava que o melhor seria “evaporar” por um tempo. Andou apressado pelo corredor da escola e alcançou o portão dos fundos. “Providencialmente” ele tinha a chave. Dali era só dobrar à direita e estaria na lanchonete de seu Zé sorvendo um pingado e comendo uma coxinha com catupiri – que dieta que nada!

Era um portão revestido de alumínio que não permitia ver o que se passava por fora e, além disso, abria para a rua. Nunca era usado, pois era uma saída de emergência e a chave ficava numa caixa lacrada. Nosso herói ter essa chave eram “coisas de cantineira apaixonada”.

O que ele não contava, e que nós sabemos por causa desses poderes maravilhosos que tem o narrador de saber o que se passa atrás das paredes, é que do outro lado do portão “rolava” (para combinar com “Rolando”) um acerto entre dois membros da gangue do Omão com um sujeitinho da “tribo” do Dentinho.

Rolando abriu a porta com tanta força que jogou o “sujeitinho” em cima dos outros dois. Esse, aproveitando a chance, fez como o gatinho e rapou o trecho, deixando seus agressores pasmados pelo atrevimento do guarda.

Rolando percebeu a besteira que fizera, mas antes de fechar a porta ainda ouviu um “tá f..”.

Passou o resto da tarde angustiado, até rejeitou uns quitutes da Mariluce. Olha para os ponteiros do relógio sentindo a chegada da hora fatal em que sairia à rua. Cogitou até mesmo dormir na escola, pensou, ficaria escondido quando fechassem tudo. Mas logo desistiu. Se seus agressores o estivessem esperando e não o vissem sair suspeitariam que ele estivesse ainda dentro da escola e com certeza a invadiriam atrás dele, o que poderia ser ainda pior para a sua saúde.

Subiu ao segundo andar para dar uma espiada na rua. Percebeu lá dois sujeitos mal-encarados que olhavam para a escola de forma “veemente”. Ao verem Rolando na janela fizeram o sinal típico da “faca no pescoço”. Rolando sentiu uma gota fria de suor descer pela sua espinha. Pensou em chamar apoio, mas o que diria para seu superior? E como encarar a gozação dos colegas depois?

Podemos dizer senhores (e senhoras) que aquelas foram horas de pura catarse para nosso Rolando. Prometeu a si mesmo que escapando dessa ia tomar jeito, que já estava na hora de fazer alguma coisa útil, estudar, arrumar uma namorada séria, voltar a fazer exercícios, coisas do tipo.

“O que tá te preocupando meu gato” – Era a Mariluce.

“Do que você me chamou?”

“De ‘meu gato’, por quê?”

Saiu correndo deixando a pobre da Mariluce sem entender nada. Foi até sua sala, abriu o armário e tirou um velho binóculo de lá. Depois subiu à parte mais alta da escola e começou a observar os dois lados. Depois de uns vinte minutos percebeu que Dentinho estava na praça, como sempre fazia nesse horário. Voltou-se para a frente da escola e um sorriso encheu seu rosto, Omão estava conversando com seus dois homens. A verdade é que Rolando aproveitou todos esses meses investigando tudo e todos. Conhecia as rotinas de ambos os grupos.

Desceu novamente até sua sala, abriu o armário e pegou algo que havia confiscado durante o recreio e algumas outras coisas que estavam reservadas. Depois tirou do seu uniforme tudo o que não fosse rigidamente fixo e se dirigiu calmamente para o muro da frente. Apoiou um escada no muro e subiu. Do outro lado estavam Omão e seus dois homens conversando.

“Fala aí chefia” disse Rolando.
“Ah, é você seu borra-calças”? - Disse rispidamente Omão – “Então tá de lance com o Dente? E achou que ia melar meu esquema e ia sair de fininho”?
“Na verdade não, eu estava mesmo pensando em acabar com essa vergonha toda aí”.
Omão deu uma gargalhada, seus dois homens sorriram para agradar o mestre.
“Então desce aqui ô Barnabé, vem aqui conversar comigo”.
“Ei”!- Gritou Rolando- “Aquele ali não é o Dentinho?”.

Nesse momento Rolando atinou para a realidade da coisa toda, Omão não passava de um moleque crescido que mal tinha saído da adolescência e seus comparsas não eram mais do que isso também.

Enquanto eles procuravam por Dentinho, Rolando lançou algo que explodiu sobre suas cabeças. Antes que eles pudessem saber o que era ele jogou também um punhado de trigo que aderiu sobre a meleca de ovo pobre (bingo!).

Desceu a escada e correu para o portão da frente, saiu para a calçada e começou a abanar freneticamente os braços. Omão, louco de raiva, correu na sua direção com seus comparsas na retaguarda. Quando estavam próximos, Rolando lançou uma centena de bolinhas de gude na calçada fazendo os três irem ao chão com estardalhaço.

As pessoas saíram para ver o que estava acontecendo. Omão sacou um revolver de baixo da camisa, mas quando ia atirar Rolando já dobrava a esquina correndo. Dois tiros. Rolando corria e amaldiçoava os quilos a mais. Eles estavam perto, mas como Omão tinha poucas balas não quis desperdiçar, entretanto continuou correndo com os olhos esbugalhados de raiva. Rolando ziguezagueava pela rua, dobrou uma esquina, entrou por um terreno e por fim saiu pela outra rua voltando em direção à parte traseira da escola.

Deu uma olhadela para trás e percebeu que eram agora uns sete os perseguidores. Subiu uma pequena elevação, estava bem próximo da praça. Voltou-se e fez alguns gestos que deixaram Omão ainda mais raivoso. Então deslanchou na direção da praça. O grupo do Dentinho ainda esta por lá. Dentinho foi o primeiro a perceber a chegada do GUB, mas logo sua atenção foi desviada para o grupo que o seguia.

O equilíbrio dos dois grupos era frágil, baseava-se numa rígida lei de respeito territorial, entretanto já há algum tempo Dentinho tentava tomar território do rival.

Rolando lançou-se para trás de um banco sentindo algo zumbir próximo de sua orelha esquerda. Por um tempo que parecia uma eternidade ouviu os tiros e gritos ininteligíveis. Os tiros cessaram e ele começou a ouvir sirenes bem próximas. Juntando o pouco de coragem que lhe restava resolveu levantar e ver se seu plano tinha dado certo.

Havia gente ferida, alguns, sem munição, se engalfinhavam pelo chão. Omão jazia com um buraco na testa bem perto de Rolando, enquanto Dentinho se arrastava pelo meio da praça deixando atrás de si um rastro de sangue.

Rolando andou até ele e ficou olhando o jovem com uma pontada de dó.

“Ei olhe para cá!”.

Quando se virou um flash atingiu seu rosto. Havia repórteres, policiais, guardas urbanos e uma multidão de curiosos tentando ver a matança.

Os repórteres se engalfinhavam tentando falar com o guarda que sozinho e desarmado acabou com a criminalidade de um bairro inteiro. Faziam perguntas a Rolando e não o deixavam responder. Populares tentavam reconstruir a cadeia de eventos e um representante do prefeito acenava suas credenciais, totalmente ignorado por todos.

O agora Inspetor Tochiba abria caminho entre a multidão, louco para pôr as mãos no guarda trapalhão. “Sim senhor” pensava, “esse vai ser o processo de exoneração mais rápido que já se viu ou verá em Babaquaraoca!”.

Mas antes de alcançar Rolando foi interpelado por uma bela reporterzinha de olhos azuis:

“Inspetor Tochiba, é verdade que a Guarda Urbana tem um treinamento especialmente criado pelo Senhor e que graças a ele o GUB Rolando Frestas conseguiu pacificar sozinho Capão Redondo?”.

Tochiba gaguejou, engoliu em seco e então desatou a contar uma história estranha sobre ninjas, Okinawa, controle mental, código samurai e episódios do Jibam com mensagens subliminares.

Rolando foi o herói por uns três dias, até aparecer um peruano dizendo ter contato com seres de Alfa Centauro e ter graves revelações à cidade. Mas esse tempo foi suficiente para que Rolando fosse transferido para o centro da cidade. Tochiba não engoliu muito sua história, mas no momento era impossível “tocar no ungido” porque as eleições municipais estavam próximas e o prefeito João Leitão usaria o episódio com todo o vigor buscando sua reeleição como o “prefeito que mais fez pela segurança em Babaquaraoca”.

Infelizmente, para Rolando, essa nova publicidade atrapalhou um pouco seus planos de sossego e tranqüilidade, com muita sombra, comida e água fresca. Por uns tempos, pelo menos até ser esquecido, teria que trabalhar certinho. Mas já pensava formas de tirar vantagens...

Começou a fazer tudo o que tinha prometido a si mesmo, emagreceu, matriculou-se numa universidade e até arrumou uma namorada, que não era a pobre Mariluce. Aliás, no dia em que deixou a escola, dizem, Mariluce foi vista jogando pérolas de rosa por sobre o muro e falando baixinho para ele “Adieu mom amour”...

Mas é difícil negar a própria natureza e logo Rolando Frestas estava partindo para novas aventuras e grandes trapalhadas. Mas isso é tema para outra história. Fim, por enquanto.

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