sábado, 18 de junho de 2011

Arma Virumque cano

As armas e o herói canto,
Que da ocidental praia brazuca
Por universos nunca imaginados
Foi muito além de Betelgeuse
Canto a ira, a mágoa e a bravura
Se me permite a Musa oculta
Na bruma que a manhã inunda
E canto também seus trabalhos
Eivados de sutis artimanhas
Como se fez lança certeira
E a bela ave, veloz rapineira
Atravessou o limiar d’outro mundo
E nos montes plantou seu brasão
Nadou no abismo mais profundo
E com sangue sua espada alimentou
Suplantou a sabedoria de Salomão
Fez exígua a coragem de Davi
Com seu braço fez calar a opressão
E foi tenaz guerreiro até o fim
Fez-se sangue, suor e ideal
E no ideal, oh musa, é onde vive
Ele, eu, muitos e nenhum
Tem sua existência e apenas vive
Nos átrios escuros da minha mente!

Um comentário:

  1. ARMA VIRUMQUE CANO: Primeiro verso em latim da Eneida de Virgílio.

    "As armas e o varão eu canto"

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