sábado, 18 de junho de 2011

Ecos

Hoje, mais um lamento lançado ao vento,
Nesse terrível eco do verso anterior,
Não sou poeta, não canto para me animar;
A sombra paira no espaço, ameaça.
E o lamento dança numa fúria antiga.

Deixei meus pedaços seguirem o tempo,
E longe da terra um lugar procurei
Para estar longe de tudo, de todos
Os meus temores e dores de ilusões perdidas,
Me fazem estático, como pedra.

Eu já sabia que o mundo era incompreensível,
Que o sentido é não ter sentido.
Tanto sofrimento, tantas dores,
Não meus e meus ao mesmo tempo.

Não possuo a luz de uma auto-ajuda particular,
Nem os doces pensamentos dos olhos baços...
Tateio a escuridão e me localizo no espaço,
Pelas minhas lúgubres lamentações.

Não procure entender esse poema,
Leia o que não está escrito e veja
Meu igual, leitor, lama de lama como eu,
Um sussurro e um vagar lento
Em marcha na escuridão.

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