segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Eu vou muito além das estrelas

Eu vou muito além das estrelas
Viajo por entre universos desconhecidos
Eu vago na imensidão esquecida
Delírio, vastidão onírica...

As sombras passam esquecidas
Anéis, montanhas...
Estranhos seres inspirando amônia
Expirando nitrogênio e hidrogênio
Oceanos de metano 

Um bilhão de anos luz
E ainda estou na milionésima parte
De onde começa meu caminho

Sou luz, energia
Substância sútil

Vejo escoarem-se criaturas
Movimento apenas em suas fímbrias

Há sabedoria, inteligência
E no escuro mentes bestiais

Aqui nada há, e ali apenas começou
Adiante os seres são unicelulares
E logo correm pelos campos...

Larva do caos telúrico...

Oh, Augusto...

O último solilóquio dos suicidas.

É esse desprender-se da mobilidade,
E vagar...

Nenhum comentário:

Postar um comentário