domingo, 14 de outubro de 2012

Eterna madrugada

As luzes da cidade estão apagadas
Nem um só de seus moradores se arrisca pelas vielas
Varridas pelo vento solitário
Não há moradores...
A noite negra desce rumo ao horizonte
Um céu sem lua, sem estrelas
O frio cósmico fere a face inerte da terra despida
De vozes e de crianças correndo.

Não há flores,
Todos os jacintos morreram
As águas paradas não são mais espelhos
Não há o que refletir.

Não se ouvem festas nem cantos
Não há o ronronar manhoso dos gatos
Nem o latido alerta dos cães
Para os fios onde não se aninham os pássaros!

A noite não passa
Nunca mais haverá dia para essa terra
Quando tudo tem seu fim
Apenas o vento ainda sopra
Na eterna madrugada.

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