sábado, 18 de junho de 2011

Quando eu morrer.

Quando eu morrer
Não chorem nem lamentem por mim
Não é a morte mais que um momento
E a vida um passo para dentro do nada.

Cerquei minha sebe com cercas tão altas!
Edifiquei fortes torres e fossos cavei;
À força estabeleceria minh’alma!
Se tudo não fosse um sonho...

Uma folha aterrissa no meio da selva;
Onde um pássaro deixou de cantar...
As nuvens se chocam e fazem a chuva,
Quem se importa com a gota que se funde ao mar?

Nos apegamos demais a essa coisa fluída;
Como se nosso breve sonho
Fosse a realidade de tudo o que há;
Como se ele não fosse acabar!

Mesmo ínfima e passageira
Ela nos faz ver e aprender – se quisermos.
É olhar para trás e se ver
Em tudo que nos rodeia.

Se eu me for agora
È porque já posso deixá-la,
Porque dormimos e o despertar
È de tudo, mas tudo mesmo,
Poder prescindir.

Então, quando eu morrer...

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