De algum lugar futuro um raio
Corta todas as camadas da realidade
Alinhando num átimo de segundo
Todos os sonhos, passados e futuros...
Não há nada de novo sob o céu
Novidade alguma sobre a Terra
As paragens parecem tão vazias
Quando a lua inicia seu pálido cruzeiro
Iluminando as cruzes do cemitério.
Sombras sob as lápides se fundem
Tornando o nada a chama do éter
Clamam espíritos inexistentes
Uivam espectros da vaidade
Num coro negro de destruição!
E pelas ruas da Grande cidade
Marcha uma multidão sonolenta
Vão arrastando seus pés no asfalto
Entre murmúrios e lamentos
Como uma procissão de profetas...
E toca o sino na mais alta torre
À meia-noite mais incerta
Que o ser humano jamais verá
Ser em outro ciclo renovada
Acabara por fim a grande viagem.
A Terra morta flutua no espaço
Sem luz que a possa aquecer
Não há cantos ou festas na crosta
Só o gelo e a escuridão profunda
Onde faz o homem pela eternidade.
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