sábado, 18 de junho de 2011

Elias Moreno naTerra Escura

Há tempos perdidos caminha na terra, Semeia
Discórdia por onde ele erra, ateia
Suas chamas e causa mazelas, insano
Voraz enleia e aterra, seguindo
Seus planos irrompe a guerra.

Elias moreno enseja sua ginga, desfaz
Tristezas cantando alegria, almeja
A paz nos braços da negra, sublima
Canções do ser livre, estima
O Deus supremo, arrima.  


Centenas morreram ao toque da besta, arqueja
Seus cantos de morte atroz, deseja
O sangue das vítimas, suor
Dos ginetes, é guerra, peleja.

Vai Elias correr ao vento, testar a arma, projéteis
Voam na canção infernal, membros sem corpos,
Corpos sem membros, pedaços arrancados;
E um triste e fúnebre, na noite, lamento.

Devastação, nada em pé, arranca
Raízes mortas do solo, desmata
Trincheiras de mato, devasta
A alma ignara arrasta!

No canto perdido do nada Elias putrefato,
Que resta aos cães e abutres, alimenta
Sem face nem rosto a massa escura, escorre
Na chuva lavado, levado o que antes, tormenta,
Da negra, enlevado, os braços, assenta
Seu nome na erva anônima, resvala
No nada o nada retorna, Mistura
Os elementos na terra escura.

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