sábado, 8 de outubro de 2022

As Crianças

Numa estrada poeirenta da Judeia 

Ia um menino andando apressado

Para ver um mestre amigo, sua ideia

Vários como ele iam ao seu lado


E meninas do Vale do Jordão 

Com seus velzinhos soltos no ar

Traziam pão, vinho e frutos da estação 

Para junto das cercanias do mar


E o menino de todos parceiro

As mãozinhas sujas a acenar

Mostrou a figura num outeiro

Um olhar com amor a externar


Ao chegar ao pé do local desejado

O grupo obstado por discípulo grave

A não perturbar o mestre de estado

Pensativo, fez logo ali um entrave


Mas encarnado ali de Deus o amor

Repreende logo do homem a intenção 

E louva das crianças o inocente fervor

Tomando em carinho o menino pela mão.  


Deixai vir  as criancinhas, não as impeçais

Deus vê seus anjos nos céus e sua inocência

Como eles deveis tentar ser e muito mais

Pois eles se entregam com fé à providência


As crianças foram colunas da comunidade 

E adultos ainda traziam a pureza da criança

O menino seguiu exemplo de espiritualidade

Em tempos difíceis manteve a esperança. 


Como elas devemos ser, esta é a lição

Não entregues a uma infantil ingenuidade

Mas apenas cultivando a doce ambição 

De estar sempre junto ao mestre da Verdade.


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