E certa nostalgia acompanhava seu olhar
Uma tristeza silenciosa cuja
Origem nenhuma delas conhecia
O vento acariciava seu rosto e espalhava seus cabelos,
Todos conheciam sua família
Mas ele era um desconhecido,
Era como um viajante de outro mundo
Pedra lançada ao rio da nossa vida.
Algumas vezes suspirava de saudades
De algo que ninguém mais via
E recitava poesias
Que eram espelhos de mundos d ‘além Rio.
Estava sempre sozinho
Mas parecia que hostes o seguiam
Tal sua imponência e seu porte
Chamavam-no Quixote
O sonhador.
Tal romantismo inspirou amor
E ódio em muitos corações
Mas a uns e outros desprezou
Como se seus dias devessem ser gastos
Com outras ocupações.
Fazia atos generosos
E nunca esperava a gratidão
Jamais deixou alguém sem amparo
Sempre pronto ao bem fazer.
Um dia fechou seus olhos
Uma multidão esperava ao seu redor
Os pássaros se aquietaram
E o ar se tornou parado.
E num último suspiro
Deixou a terra que nunca fora sua morada
Para atingir um outro lugar
Outro tempo
Onde outras pessoas o esperavam
De braços abertos.
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